quarta-feira, 14 de maio de 2014

Um gol contra que afronta a inteligência da Imprensa Esportiva da Capital

O serviço publico será sempre uma árvore frondosa que abriga os que trabalham e muitas vezes os que sugam o erário público. O Brasil está cheio disso. E não estou falando de cores partidárias e sim de oportunistas que caem de paraquedas, são nomeados com altos salários e sequer moram em Campo Grande. Foi assim no Governo de Zeca do PT, 1999-2006. Quem não se lembra da Secretaria Extraordinária do Esporte, criada exclusivamente para Zequinha Barbosa, que morava em Nova York? A justificativa era de que com o seu nome, o Estado receberia investimentos internacionais. O primeiro alvo era o parque Airton Senna no Aero Rancho. O Parque continua lá, sem nenhum investimento. Veio então o violeiro, cantor e nas horas vagas dublê de ator Almir Sater, garoto propaganda do recém criado Projeto Novilho Precoce. Almir morava em São Paulo e continua morando até hoje.O projeto foi para o matadouro e morreu. O investimento ninguém sabe, ninguém viu  para onde foi. Pensei que este tipo de ação dos homens públicos havia acabado. Engano!!! Agora o Prefeito Olarte conseguiu fazer parte do Inacreditável Futebol Clube. Aproveitou a vinda de ex-jogador Muller para um encontro evangélico na Igreja de sua propriedade e o nomeou "Incentivador" do futebol e demais esportes conforme o Blog do jornalista Marco Eusébio. Segundo o Blog, Muller vai usar seu nome para atrair investimentos para o futebol de Campo Grande. Difícil de acreditar nessa história. O ex-craque foi protagonista de uma longa matéria no Esporte Fantástico da Rede Record, em que passava por dificuldades financeiras e morava de favor com o ex-lateral tricolor Pavão. A partir de então foi contratado pela Rádio Globo e posteriormente para o canal por assinatura Sportv. Muller jamais veio a Campo Grande passar férias, rever os poucos amigos de infância. Sempre se manteve a distância inclusive da imprensa esportiva da Capital, nas poucas vezes em que jogou aqui. Agora o prefeito se ilude que com o nome, Muller conseguirá algum investimento para o esporte. Aqui existem ex-jogadores que realmente escreveram seu nome na história do nosso futebol e tem a simpatia da classe empresarial e política: Amarildo Carvalho, Baianinho, Tainha e agora Edmilson Dubinha que está encerrando a carreira. Estes sim, poderiam contribuir com o futebol e demais esportes. Agora, se o Prefeito quer aumentar o número de fieis em sua Igreja, não vou discutir isso. Está certíssimo o ilustre alcaide. Sem o salário, que é pago pela população, é claro! Um conselho senhor prefeito: converse um pouco mais com a imprensa esportiva, tão relegada a segundo plano pela classe política. Voltarei.
Amarildo Carvalho: Levou o nome do Estado para o Brasil e Europa

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Edmilson x Marcos: Política de Relacionamento

O assunto é a convocação da Seleção Brasileira pelo técnico Luiz Felipe Scolari para a Copa do Mundo que começa no mês que vem. Acompanhei em casa o noticiário e a coletiva e voltei a minha rotina. Não que esteja desinteressado na convocação, afinal sou jornalista esportivo 24 horas. É que achei boa a convocação, não havia muito o que questionar. Vamos torcer. E muito! 
O assunto que quero abordar é a vinda do goleiro penta campeão mundial Marcos a Campo Grande para acompanhar a Taça que será entregue ao país campeão, em julho no Maracanã. Por que ir a casa de Edmilson Dubinha e bater bola com seu filho? Que amizade é essa em um universo onde sabemos que a trairagem corre solta? O que significa isso para profissionais que não atuam dentro do campo, mas que estão envolvidos diretamente nas transmissões de futebol? 
Significa POLÍTICA DE RELACIONAMENTO, esta matéria não é ensinada nos bancos das Universidades durante o curso de Jornalismo. Mas deveria. Tenho acompanhado nos últimos meses a chegada de novos cronistas esportivos no rádio em Campo Grande e confesso que tenho me assustado com o que vejo. A falta de humildade é um quesito em alta, a palavra por "por favor" não está no dicionário.Os conselhos são dispensados na primeira tentativa. 
As coisas mudaram, temos que reconhecer. Lembro-me do início da minha carreira, era uma emoção diferente estar ao lado dos grandes narradores como Mário Mendonça, Líbio Portela, Marcos Antonio Silvestre, Serpa Marques. Lembro-me do meu primeiro jogo na Leda em Dourados, poder cumprimentar Antonio Neres e Lourival Pereira era algo muito especial. Esses profissionais escreveram e continuam escrevendo a história da crônica esportiva de Mato Grosso do Sul e estão passando o bastão para os mais jovens, onde humildemente estou inserido.
Mas o que tema ver Marcos e Edmilson Dubinha com tudo isso? POLÍTICA DE RELACIONAMENTO. É isso que quero dizer aos jovens que estão chegando. Construam suas carreiras dentro deste tripé: Humildade, Perseverança e Responsabilidade. Mirem-se no exemplo de Edmilson, aos 37 anos considerado melhor jogador do campeonato estadual e de quebra amigo pessoal de um dos maiores ídolos da torcida palmeirense. O penta campeão Marcos. Isso não é pouco.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Eleição na Federação de Futebol de MS. Dèjá vu ?

Uma sensação que se dá por conta que uma memória ou uma simples lembrança de algo que aconteceu rapidamente, fique armazenada em sua  memória de longo prazo, sem passar pela memória imediata, ou seja, você guardou uma lembrança, de algo que você não presenciou, ao presenciar novamente você tem a estranha sensação de já ter presenciado aquela fato. Isto é Dèjá vu.

Acompanhei de perto os preparativos para a eleição do Presidente Francisco Cezário para mais um mandato a frente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. O que o torcedor, a imprensa, o poder público, a classe empresarial podem esperara de Cezário e seus novos vice- presidentes? Nada?? Ou tudo? Difícil definir o futuro.Sou um profissional que trabalha no futebol desde 1990.
Vi o presidente Ari Rodrigues no auge de sua forma física comandar o futebol de uma forma ditatorial, mas também acompanhei a indecisão de seu vice Renato Gomes em não assumir os destinos da Federação, mesmo quando a doença avassaladora, causado por um acidente vascular cerebral debilitava o outrora forte e vigoroso Ari Rodrigues.

O futebol local mergulhou em um profundo abismo nas mãos de Arizinho Rodrigues e Carlão(morto recentemente em um acidente de transito) filhos do então presidente. Francisco Cezário estava na iniciativa privada, na empresa Minuto da Sorte, e chegaria somente em  1998 ao comando da Federação a  convite dos dirigentes que não queriam os herdeiros de Ari Rodrigues a frente da entidade. Cezário trazia no currículo a vice-presidência de Alfredo Zanlutti Junior e uma mandato de três anos de 1987 a 1990.

Naquela ocasião o estatuto da Federação já dificultava a inscrição de chapas de oposição. O radialista Arthur Mário bem que tentou, mas não conseguiu inscrever sua chapa para concorrer com o então novato Francisco Cezário de Oliveira. Esta foi a primeira e única vez em que a oposição tentou inscrever uma chapa. Desde então, o presidente Cezário navega em águas tranquilas no oceano do nosso futebol. Voltamos a pergunta do início.O que esperar para o futuro? Tudo!! Esta é a resposta.Tudo que não foi feito até agora, é preciso fazer nos próximos quatro anos.

Ninguém duvida da generosidade do presidente, do gigantesco coração que tem, do esforço que faz todo o ano para que se comece e termine bem o campeonato estadual. A parceria com a TV Morena, os laudos dos estádios, adequações às novas leis do futebol mostram que houve avanços. Mas é preciso que se faça mais nos próximos quatro anos. Qual será o legado deixado pelo presidente Cezário após 20 anos a frente do nosso futebol, quando terminar seu mandato em 2019? Em qual divisão estará o nosso futebol? Primeira, Segunda, Terceira, Quarta ou Quinta que será criada futuramente? Os clubes terão direitos de imagens pagos pela TV? Ou estarão reféns de um sistema de mão única? A Federação estará mais forte a ponto de contratar bons jogadores e colocar nos principais clubes da Capital a exemplo do que fazem em Goiás, São Paulo e pasmem!!! O vizinho Mato Grosso?

Lembro-me que me chamavam de Casagrande no início da minha carreira, não pelo futebol ou o saldo bancário do ex-craque do Timão e hoje comentarista da TV Globo, mas pela imensa cabeleira que tinha orgulho de preservar. Os cabelos foram embora. O sonho virou pesadelo. A Esperança.... Ah! A Esperança. Esta continua firme. Inabalável. É isto que tenho passado para os jovens que estão começando. Acreditem, sonhem e contribuam com o futebol. Tenho confiança e esperança presidente Cezário que o senhor deixará um legado que vai orgulhar o povo sul-mato-grossense e que ninguém jamais esquecerá.

E que eu não ouça nunca mais a frase de uma promessa do rádio esportivo de Campo Grande Thiago Lopes de Faria: Quando eu estiver na sua idade Caixa, eu não quero vender propaganda na rua. Quero ter salário e dignidade para cuidar da minha família. Que seja assim. Que meus netos vejam o Cene, Comercial e Operário jogando com os grandes clubes brasileiros com o Morenão lotado. Eu.... Talvez não esteja mais por aqui.